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As grandes economias do mundo têm até 2012 para começar a investir US$ 18 bilhões por ano em energia limpa - o dobro do que se gasta hoje. Isso se quiserem montar um modelo energético mais sustentável.
A estimativa faz parte de um relatório feito por 15 especialistas de vários países, a pedido do InterAcademy Council, órgão que reúne as principais academias de ciência do mundo. José Goldemberg, físico da USP, é um dos coordenadores do estudo. Segundo ele, o relatório é técnico, não tem nada de político: mostra o que deve ser feito para que se possa ter uma matriz mais sustentável, o que ajuda também na questão da mudança climática.
Tanto o álcool brasileiro quanto a energia nuclear são tecnologias aprovadas, mas com ressalvas. A proposta agora é fazer a ONU (Organização das Nações Unidas) abraçar a idéia. Goldemberg explica que a eficiência energética e uma maior distribuição de energia são os grandes desafios das próximas décadas.
Os dados do relatório ajudam a ilustrar algumas discrepâncias em termos de consumo energético. Enquanto os norte-americanos precisam de 14 megawatts/ hora por ano para sobreviverem, os europeus conseguem manter seus padrões de vida usando metade disso. Hoje, o mundo tem 2,6 bilhões de pessoas que não têm acesso à energia elétrica ou geram energia apenas a partir de métodos arcaicos, como a queima de madeira.
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