O Globo Online
Um especialista da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu uma moratória de cinco anos da produção de biocombustíveis, como o etanol.
Jean Ziegler, relator especial da ONU para o Direito à Alimentação, disse que teme que os biocombustíveis tragam mais fome. 'É um crime contra a humanidade converter terras para a agricultura em solo para produzir alimento a ser queimado como combustível', afirmou Ziegler, na sede da ONU, em Nova York.
Segundo o especialista suíço, em cinco anos os avanços tecnológicos permitirão o uso de subprodutos agrícolas como espigas depois de retirados os grãos de milho e folhas de bananeiras, para produzir combustíveis, e não as colheitas de alimentos em si. O aumento da produção de biocombustível foi impulsionado em parte pelo desejo de encontrar alternativas ao petróleo que sejam menos danosas ao meio ambiente.
Os Estados Unidos desejam ainda reduzir sua dependência da importação de petróleo de regiões do mundo onde haja instabilidade política. Mas a tendência contribuiu para um grande aumento no preço dos alimentos, uma vez que agricultores, especialmente nos Estados Unidos, substituem suas culturas de soja e trigo por milho, a ser transformado em etanol.
O Fundo Monetário Internacional (FMI), manifestou preocupação de que a crescente tendência global de usar grãos como fonte de combustível possa ter graves implicações para as populações mais pobres.
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