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"O governo do Zimbábue comemorou neste sábado o fracasso do Conselho de Segurança da ONU em aprovar uma proposta de resolução para impor sanções contra o presidente Robert Mugage, e diversos aliados de seu governo.
A proposta recebeu nove votos favoráveis, mas foi rejeitada por cinco países, entre eles Rússia e China, que são membros permanentes do conselho, e África do Sul. A Indonésia se absteve de votar.
As medidas propostas incluíam o congelamento de ativos financeiros no Exterior e restrição de viagens internacionais para Mugage e 13 membros do governo, além da proibição da venda de armas para o país. Também incluíam a indicação de um enviado especial da ONU para o Zimbábue.
O ministro da Informação do Zimbábue, Sikhanyiso Ndlovu descreveu a resolução como uma tentativa de fazer a população do país sofrer para que se volte contra o governo.
O presidente do Zimbábue vem enfrentando crescente pressão internacional desde que foi reeleito para o sexto mandato, no final do mês passado, em uma votação polêmica e marcada pela violência.
Mugabe concorreu sozinho no segundo turno, depois que o líder da oposição, Morgan Tsvangirai, decidiu boicotar o pleito por causa da violência sofrida por seus partidários.
No primeiro turno, realizado em março, Tsvangirai obteve mais votos que Mugabe, mas não os 50% necessários para evitar um segundo turno.
A oposição afirma que desde março 113 de seus partidários foram mortos, cerca de 5 mil estão desaparecidos e mais de 200 mil pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas para fugir da violência.
O governo do Zimbábue nega as acusações e culpa a oposição pela violência. Também acusa os países ocidentais de interferência em seus assuntos internos." [Mais.]
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