segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Tribunal condena jornalista que reproduziu caricaturas do profeta Maomé

videVERSUS
Um tribunal de Belarus (Bielorussia) condenou na sexta-feira a três anos de prisão um jornalista que reproduziu caricaturas do profeta Maomé que tinham sido publicadas pela primeira vez em 2005, em um jornal da Dinamarca.


Alexander Sdvizhkov, editor do jornal independente bielo-russo "Zgoda" (“Consenso”), foi condenado por incitação ao ódio religioso e nacional. Em março de 2006, o "Zgoda" foi fechado pelas autoridades bielo-russas que o investigaram depois de receber queixas da comunidade muçulmana do país, que representa entre 2% e 3% da população de Belarus, de 10 milhões de habitantes. "Que Deus e a santa cruz estejam conosco", disse o editor ao saber da sentença.


A defesa de Sdvizhkov já anunciou que recorrerá da decisão. A publicação de 12 caricaturas de Maomé no jornal dinamarquês "Jyllands-Posten" em 2005 desencadeou uma crise entre o mundo muçulmano e a Dinamarca, que incluiu um boicote econômico a produtos dinamarqueses e ataques a suas sedes diplomáticas, além de um duro debate sobre a liberdade de expressão em vários países.


O representante para a liberdade de imprensa da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Miklos Haraszti, criticou a decisão do tribunal e assegurou que as autoridades bielo-russas utilizaram a controvérsia internacional para "eliminar uma voz crítica".


Para ler a cronologia da crise das caricaturas de Maomé, clique aqui.

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