O Greenpeace apresentou nesta terça-feira (4), na 13ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, em Bali, um mecanismo para impedir o desaparecimento das florestas tropicais, com a criação de um fundo de US$ 14 bilhões para preservar este ecossistema.
'É imprescindível que se utilize a oportunidade que Bali oferece para incluir a preservação das florestas nas discussões sobre a mudança climática e entre as soluções para enfrentá-la', disse o brasileiro Paulo Adário, coordenador da Campanha Amazônia do Greenpeace.
Adário afirmou que o grupo apresentou hoje "um mecanismo de redução de emissões de carbono por desmatamento de florestas tropicais que pede a criação de um fundo para financiar a preservação deste ecossistema".
"Sem dinheiro, não há florestas e não há futuro", afirmou o coordenador.
"O Governo do Amazonas já mostrou que tem vontade política para frear o desmatamento, e os países [reunidos] em Bali têm que fazer o mesmo", acrescentou.
Para Adário, os mecanismos de venda de direitos de emissão de carbono iniciados com o Protocolo de Kyoto são insuficientes e ineficazes.
"As emissões não mudam, continuam sem ser reduzidas, já que muitas vezes sai muito mais barato para as grandes empresas comprar uma área florestal que reduzir suas emissões', explicou.
O Greenpeace considera imprescindível o estabelecimento de um mecanismo que permita a proteção das florestas e que "não possa ser utilizado pelas grandes companhias para descumprir sua obrigação de reduzir suas emissões".
Por isso, propõe a criação de compromissos nacionais para combater o desmatamento e um fundo internacional que, segundo suas estimativas, poderia captar até US$ 14 bilhões para os países que assumirem e cumprirem as metas de redução. [Mais.]
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