G1
Religiosos e cientistas vão se reunir para abordar temas como células-tronco e clonagem. Igreja diz que qualquer evitar os estereótipos da ciência e da religião.
O Vaticano apresentou hoje um congresso internacional no qual analistas religiosos e laicos debaterão de 15 a 17 de novembro, em Roma, temas como a "identidade do embrião humano". O congresso, que será realizado sob o tema 'Ontogênese e a Vida Humana', é uma das iniciativas do projeto "Ciência, Teologia e Pesquisa Ontológica", coordenado pelo Pontifício Conselho de Cultura e com a colaboração das universidades pontifícias.
Para o presidente desse dicastério (o equivalente dos ministérios no Vaticano), Gianfranco Ravasi, as reuniões servem para eliminar os "estereótipos tanto da parte eclesial quanto da laica". Ravasi disse que "é necessário que esse discurso continue de maneira livre e viva, e seguindo os três passos: ensino, pesquisa e divulgação".
No congresso deste ano, serão discutidos os aspectos biológicos, biomédicos, filosóficos, teológicos e jurídicos da ontogênese, o desenvolvimento de um indivíduo desde a fecundação até a idade adulta. Nesse âmbito, o tema que causa mais divisões entre a ciência e a Igreja Católica é o conceito de 'identidade do embrião'.
O decano de filosofia da Universidade Regina Apostolorum, Rafael Pascual, deixou clara hoje a posição dos eclesiásticos. "Se desde o início, desde sua concepção, o embrião é uma pessoa, temos que assumir as conseqüências e tratá-lo como tal".
Pascual destacou a importância do congresso diante de "todas as questões de bioética" que surgem atualmente, como "a fecundação artificial, a clonagem, a manipulação genética e o experimento com células embrionárias".
Durante a apresentação do congresso, o Vaticano anunciou que em 2009, por ocasião do bicentenário do nascimento de Charles Darwin e do 150º aniversário da publicação da obra "As Origens das Espécies", será realizada outra reunião dedicada à teoria do evolucionismo. "
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