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Uso de células para regenerar órgão parece ser mais eficaz logo após lesão. Dados, porém, são preliminares, e uso clínico generalizado ainda precisa esperar.
Durante uma sessão do Congresso da Associação Americana do Coração, em Orlando, foram apresentados trabalhos sobre as perspectivas de tratamento para as doenças cardiovasculares, que matam milhões a cada ano.
No campo das células tronco e implantes de células, ainda estamos na fase de pesquisas promissoras. Os trabalhos apontam para um futuro de reparação de áreas do coração afetadas por infartos, que podem ser regeneradas ou mesmo preservadas se o tratamento for iniciado logo após o evento.
Uma pesquisa realizada na Finlândia comprovou a eficácia do implante de células do próprio paciente, colhidas da medula óssea e implantadas no coração logo. O procedimento deve ser feito, segundo os cientistas, logo após o tratamento de um infarto agudo, com o objetivo de diminuir a área que se transformará em cicatriz e que, portanto, ficará inativa.
O momento de iniciar o implante celular parece ser crítico, pois pesquisadores do Reino Unido falharam ao tentar regenerar áreas de cicatriz no músculo cardíaco com o implante de células obtidas na medula óssea.
As correntes de pesquisa abrem seu leque de opções, com um grupo da Califórnia, utilizando a injeção de células musculares comuns em áreas do coração que se mostravam inativas por conta de isquemias (restrições no fluxo sangüíneo) passadas. A experiência utilizou células retiradas do músculo do braço, cultivadas em laboratório e implantadas no coração, através de cateterismo.
Segundo o Dr. Nabil Dib, responsável pelo time de cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego, “as células musculares esqueléticas precisam de menos oxigênio para se implantar no coração, diferentemente de células obtidas a partir da medula óssea”.
Todas essas aplicações se mostram promissoras, mas a pesquisa biológica precisa de tempo para se tornar segura e principalmente aplicável no dia-a-dia.
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