quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Cientista recria observatório indígena em Garopaba


M'zONe
Versão moderna de 'relógio solar' guarani será inaugurada em praia de Garopaba. Região tinha pelo menos quatro estruturas do tipo, que mapeavam estações do ano.

Quem visitar uma praia de Garopaba, em Santa Catarina, terá a chance de ver como os povos que habitavam o Brasil há milhares de anos faziam observações astronômicas.

Um pesquisador da Univesidade Federal do Paraná (UFPR) descobriu na região uma série de antigos observatórios astronômicos indígenas e reconstruiu um deles, o qual deverá servir para resgatar a protociência desses povos ancestrais e ajudar jovens de hoje a entender os segredos do céu.

À maneira de um Stonehenge brazuca (bem menos grandioso, é verdade), o observatório refeito por Afonso é um conjunto de pedras dispostas de forma planejada. A principal delas é um monólito vertical de uns 80 cm de altura, no centro do sistema, que funciona como gnômon – palavra grega usada para designar o que nós chamaríamos de “ponteiro” de um relógio solar.

Quatro possíveis exemplares de gnômon, feitos de pedra, foram achados pelo pesquisador em Garopaba, um deles ainda com rochas menores dispostos à sua volta. O funcionamento é simples e engenhoso: a luz do Sol faz com que o monólito vertical projete sua sombra no chão (a rigor, é a sombra, e não a rocha, que serve de ponteiro do relógio solar). [Leia+]

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