Ambientalistas vão usar a língua do mercado para tentar convencer potenciais investidores na construção das hidrelétricas do Rio Madeira de que o projeto pode ter um impacto negativo nos seus bolsos.
A pouco mais de um mês da data prevista para o leilão que deverá definir as empresas que tocarão o projeto bilionário, um grupo de ativistas argumentará a bancos no Brasil e no Exterior que os impactos ambientais não foram devidamente dimensionados e poderão, no futuro, se traduzir em riscos financeiros. O alerta faz parte de uma campanha das organizações Amigos da Terra, Ecoa (Ecologia e Ação), Both ENDS, Instituto Madeira Vivo, International Rivers Network, Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira e Instituto de Estudos Socioeconômicos. "A questão social, ambiental, gera riscos financeiros. Por exemplo, a Bolívia pode levar o caso a uma corte internacional pelo impacto no seu território. Ações de movimentos sociais como o MAB [Movimento dos Atingidos por Barragens] podem gerar atrasos na obra", afirma Gustavo Pimentel, responsável pela divisão Ecofinanças da Amigos da Terra. Segundo Pimentel, autor de um relatório específico sobre os possíveis riscos financeiros, os estudos sobre os impactos ambientais que serviram de base para a emissão da licença prévia, concedida em julho, são insuficientes para se fazer uma avaliação conclusiva dos impactos socioambientais da obra. Ambientalistas são os modernos terroristas, e ao mesmo agem como fundamentalistas cristãos da Idade Média. Eles querem que tudo fique como está para preservar o idílico cenário natural.
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