Se os 81 senadores absolverem hoje o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o Brasil assistirá a "uma piora ética, um desconsolo da cidadania e, de novo, a prova de que a falcatrua sempre dá frutos". É o que avalia o professor Roberto Romano, titular de Ética e Filosofia da Unicamp.
A eventual absolvição do senador também trará outro impacto, segundo Romano: mais desperdício de recursos. "Pois, mesmo absolvido, Renan não disporá de forças para comandar o Senado. Sua imagem está no chão e novos processos contra ele vêm por aí. Para manter a presidência, o governo vai ter de investir muito dinheiro." Descrente do papel que hoje desempenham os senadores, por ele definidos como "estafetas de luxo", o professor compara o empenho pelo voto secreto na sessão às atividades da Máfia. Em sua opinião, "no Brasil não existe hoje federação nem existe república" e o que melhor define o País é uma frase do filósofo italiano Norberto Bobbio: ""Estado que não tem transparência é o anti-Estado. É o que nós temos." [Leia a entrevista na íntegra.]
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